A retomada do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental Sustentável, dá-se nos marcos de um processo de transição entre o quadro criado no pós-Golpe de 2016 e um novo ciclo, cujo delineamento encontra-se em processo. Esse novo ciclo vai se conformando ao sabor dos realinhamentos dos atores e seus interesses, que podem ser convergentes ou divergentes, numa gangorra onde a correlação de forças é instável e variável. Essa transição que o País enfrenta é, portanto, simultaneamente, palco de negociações e de disputas.
O Novo PAC emerge, ao lado de outras tantas iniciativas, como aspecto de retomada de movimentos na direção de um Projeto Nacional de Desenvolvimento. É nele que se encontram as iniciativas do Governo Federal voltadas a nortear os investimentos públicos e privados em torno de um conjunto de eixos que deem lógica ao desenvolvimento do País, em seu caráter social, econômico e ambiental. Prevê-se um conjunto de investimentos públicos e privados da ordem de R$ 1,7 trilhões, distribuídos no tempo, mas concentrados no período que vai até 2026. São sete eixos de investimentos, espalhados por todo o território nacional.
Com o intuito de dialogarmos sobre a relação entre esses investimentos previstos e o Projeto Nacional de Desenvolvimento, bem como sobre oportunidades e riscos decorrentes da decisão de promovê-los, relacionando-os às demais medidas que estão sendo desenvolvidas por iniciativa do Governo Federal, mas cuja consecução depende do comportamento de um grande conjunto de variáveis políticas (medidas que demandam correlação política favorável), econômicas (comportamento da capacidade pública e privada de investimentos) e, até, geopolíticas (em medidas que dizem respeito a interesses internacionais), contaremos com a participação de:
Miriam Aparecida Belchior, Secretária-Executiva da Casa Civil da Presidência da República, foi Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão e Presidente da Caixa Econômica Federal. Anteriormente, havia sido responsável pelo monitoramento dos projetos estratégicos do Governo Federal e pela articulação e monitoramento do PAC;
Pedro Paulo Zahluth Bastos, Professor Associado (Livre Docente) junto ao Instituto de Economia da Unicamp e ex-presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (ABPHE)