Na medida em que avança o processo eleitoral deste ano e as pesquisas não se apresentam favoráveis ao atual governo, crescem as ameaças de uma solução não democrática. Vários movimentos vêm sendo desenvolvidos na contramão dessa solução, como é o caso da tentativa de deslegitimação da utilização das urnas eletrônicas para o ato de votar por parte dos eleitores, mas também com ameaças crescentes de rupturas institucionais. Vêm surgindo acusações fortes de parcialidade por parte de ministros do STF, bem como do papel que vem sendo jogado pelo TSE. Coloca-se em risco as próximas eleições, seja quanto a sua própria realização, seja quanto à validação legal e política de seus resultados, seja, ainda, quanto ao processo que dará azo aos movimentos de deslegitimação de um futuro governo eleito. Vários atores têm jogado papel nesse confronto, como é o caso do próprio Presidente da República, ou alguns ministros militares, mas também por parte de certos parlamentares ou atores políticos.
Como se desenha esse jogo? Como esses movimentos ganham ou não legitimidade perante a opinião pública? Como se estabelecem as reações a esse golpismo?
Para conversar conosco sobre esse confronto, contaremos com a participação de:
Tânia Maria de Oliveira, Advogada, integrante da Coordenação Executiva da ABJD (Associação Brasileira de Juristas pela Democracia)
André Barrocal, Repórter especial da Revista Carta Capital em Brasília