O processo político que se está colocando para a próxima eleição tem demonstrado a viabilidade da candidatura Lula. Ele próprio tem operado cotidianamente na direção dessa viabilização. A consolidação da candidatura coloca, de imediato, um conjunto de questões que precisam ser analisadas estrategicamente. O arco de alianças eleitoral precisa dar conta, simultaneamente, de vários ângulos de análise. O mais imediato é o da conquista de força política diretamente para a candidatura de Lula, bem como o de inviabilização de uma eventual terceira via, criando condições para assumir ações na direção do desmonte da sustentação do governo atual. Ademais, as eleições nos Estados, tanto para o Executivo como para o Legislativo, jogarão papel importante.
Mas esse quadro de alianças e composições não dá conta, automaticamente, de aspectos que se colocarão como centrais logo que se concretizem as eleições, com um resultado favorável. Algumas interrogações estão, desde já, colocadas, compreendendo, inclusive, que se estabelecerão contradições entre as articulações políticas de agora e o desempenho do futuro governo. Não basta ganhar as eleições, é necessário governar, inclusive num programa que precisará, simultaneamente, enfrentar as grandes demandas sociais, mas também temas como os desmontes advindos do Golpe de 2016, na institucionalidade, nos direitos sociais, na economia, na cultura, no papel internacional do país, e muitos mais.
Para conversar conosco sobre essa complexidade, contamos com a participação de:
Paulo Vannuchi, ex-Ministro de Direitos Humanos, ex-membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e Presidente da Fundação Sociedade, Comunicação, Cultura e Trabalho, controladora da Rede Brasil Atual e da TVT.
Comments