Vivemos, ao fim da “Guerra Fria”, onde o conflito central entre EUA e URSS predominava, um período de hegemonia americana praticamente absoluta no mundo. Com a ascensão da Rússia como importante potência militar e da China como nova potência econômica, um período onde as hegemonias estão em disputa e os Estados Unidos, de maneira crescente, tem buscado firmar-se ainda como força econômica, política e militar, valendo-se, para isso, de intervenções militares diretas, que se têm mostrado pouco eficazes, ou de interferência econômica e política crescente, valendo-se de seu potencial desempenho de novas formas de “guerra”, onde a interferência no jogo político das nações se tem dado, no mais das vezes, de maneira indireta, visando o fortalecimento de interesses políticos internos aos países, com potencial desestabilizador de sua soberania e de sua governança, a chamada “Guerra Híbrida” ou as “Revoluções Coloridas”. Esse fenômeno, mesmo voltando-se para países de todos os Continentes, tem, no Continente Americano, um processo que leva ao tratamento dos países da região como quintais americanos. Esse mecanismo tem se demonstrado forte nas diferentes nações da América do Sul, incluindo o Brasil. Movimentos de resistência a esse processo se têm avolumado na região.
Para conversarmos sobre esse processo de dominação e de resistência à mesma, contamos com a colaboração de:
Giorgio Romano Schute, Professor Associado na Universidade Federal do ABC (UFABC) em Relações Internacionais e Economia Política Mundial. Foi Coordenador da área de Estudo de Economia e Política Internacional do IPEA. Atuou como consultor do Banco Mundial e na Cities Alliance.
José Luiz Del Roio, Político e ativista social ítalo-brasileiro, com envolvimento, também, no acompanhamento da geopolítica mundial e seus rebatimentos na Europa, América do Sul e Brasil. Foi senador e membro da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e membro da União Europeia Ocidental em Paris.