Acaba de se realizar, em Nova Delhi, na Índia, a 18ª Cúpula do G20, Grupo dos Vinte, fórum de cooperação econômico internacional formado pelos países detentores dos maiores PIBs internacionais. São 19 países, além da União Europeia. Sua agenda dividiu-se em vários grupos temáticos, a partir do lema "Uma Terra · Uma Família · Um Futuro". Esta reunião ocorre logo na sequência de outra, do BRICS, que teve lugar na África do Sul, onde se materializou a adesão de seis novos países aos cinco que lhe deram o nome. Apesar de papeis bastante distintos entre esses dois fóruns, em ambos o Brasil vai retomando protagonismo internacional, em um mundo que vai perdendo sua centralidade absoluta conquistada no pós Segunda Guerra Mundial e, particularmente, na pós derrocada da antiga União Soviética. Nesse mundo crescentemente multipolar, o quadro geopolítico se vai tornando cada vez mais complexo, seja do ponto de vista econômico, seja nos aspectos sociais, climáticos, ambientais ou de governança global.
Nesse quadro, o Brasil assume, neste atual governo, novos protagonismos, com a Presidência do Novo Banco de Desenvolvimento, a Presidência do G20 para 2024, sendo um país respeitado como liderança regional na América do Sul e no chamado Sul Global, ao mesmo tempo em que busca reconquistar papel no desenvolvimento industrial, na defesa de maior justiça social, na defesa ambiental e climática e na retomada de diálogos pacíficos entre os países, apesar de um quadro interno de ainda difícil equilíbrio.
Buscando maior compreensão desse complexo cenário, desenvolveremos nosso Diálogo AMSUR desta segunda-feira, contando coma colaboração de:
Renata Albuquerque, Professora Visitante no Bacharelado de Relações Internacionais da UFABC, membro do OPEB-Observatório da Política Externa e Inserção Internacional do Brasil e pesquisadora associada ao Labmundo-Rio, Laboratório de Análise Política Mundial
Jonuel (José Manoel) Gonçalves, ativista político na luta pela independência e democratização de Angola, economista, pesquisador na UFF. Participa atualmente do projeto “Guerras Econômicas do Século XXI e Efeitos no Brasil”. Participou do projeto “Economia e Poder no Atlântico Sul". Publicou vários livros de ficção e não ficção.
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