O Governo Lula 3 herdou uma situação de desmonte da economia nacional e um quadro de piora dos seus mais diferentes indicadores. A economia se desindustrializou, derivando para uma crescente dependência do mercado internacional de commodities agrícolas e minerais, com um mercado interno cada vez mais dependente de importações, com uma agricultura familiar e de pequenas e médias propriedades carente de logística, assistência técnica e crédito, com uma política de inovação e desenvolvimento tecnológico débil, com o peso crescente de uma profunda financeirização. O peso do sistema financeiro na economia vem moldando de maneira aguda as políticas econômicas, tirando-lhes o foco da economia real e das políticas de bem-estar social.
Neste Diálogo AMSUR pretendemos abordar a política econômica que começou a ser gestada no primeiro ano do Governo Lula 3, debatendo seus avanços, suas limitações, as perspectivas que podem ser buscadas no próximo período, as possibilidades e os gargalos, com um olhar no futuro. A política econômica do Governo Federal precisa ser abordada em suas diferentes dimensões e incidências derivadas das diretrizes e ações dos mais diferentes órgãos das administrações direta e indireta, bem como da sua coordenação (ou inexistência dela). Também se há de considerar seus diferentes aspectos e desdobramentos, pois rebate nas políticas de inclusão social, de equilíbrio ambiental e climático, de competitividade, de inserção na economia internacional e, principalmente, de desdobramentos futuros em torno de um “Projeto de País”.
Para debatermos este tema, contaremos com a participação de:
Pedro Paulo Zaluth Bastos, Professor Associado (Livre Docente) junto ao Instituto de Economia da Unicamp, foi presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (ABPHE) e chefe do Departamento de Política e História Econômica do Instituto de Economia, da Unicamp, além de professor visitante na Universidade da California, Berkeley.
Antonio José Corrêa do Prado, economista, Conselheiro do CORECON-SP e do Instituto Fome Zero. Atuou na ONU, como alto funcionário da CEPAL e FAO. Foi assessor econômico da Liderança do Governo Lula no Senado Federal e servidor no BNDES. Foi técnico do DIEESE por 23 anos.
Комментарии