Completam-se, em 2024, cinquenta anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre o Brasil e a China. Esse período assistiu a profundas transformações no Mundo e nos dois países, sejam políticas, geopolíticas e econômicas, sendo a Chinam hoje, o maior e mais importante parceiro comercial do Brasil, onde o Brasil encontra-se em situação de grande superavit comercial. Essas trocas, porém, possuem no Brasil um importantíssimo exportador de commodities agrícolas, minerais e energia para aquele país, trazendo de lá, de maneira crescente, produtos industriais, tecnologias e serviços.
A China, hoje, tem a segunda maior economia do Mundo e se tem situado em um papel geopolítico forte, dada essa economia, mas dado também o fato de que se transformou em um enorme celeiro tecnológico e em centro irradiador de novas relações internacionais. No momento em que o Brasil retoma protagonismo internacional e busca maior protagonismo econômico agora com o lançamento do Plano Nova Indústria Brasil, na segunda quinzena de janeiro, como podemos perceber as oportunidades e riscos de um aprofundamento das relações Brasil-China? A mesma coisa se pode questionar quanto à importância da China no processo de integração sul-americana, cujos países também têm na China um grande parceiro comercial?
Para este Diálogo AMSUR, contaremos com as contribuições de:
Evandro Carvalho, Doutor em Direito Internacional, coordenador do Núcleo de Estudos Brasil-China da Faculdade de Direito da FGV e estudioso do processo de integração sul-americana
Rodrigo do Val Ferreira é consultor, residente e domiciliado na China desde 2005. Dedica-se à estruturação de investimentos e parcerias estratégicas entre América Latina e China.
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