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Argentina em Crise – Características, Causas e Efeitos

A Argentina atravessa novamente um quadro de crise econômica e política bastante importante e suas implicações internas e externas são múltiplas e graves. Vive-se hoje, ali, uma realidade inflacionária que ultrapassa já os três dígitos, forte aumento da população abaixo da linha de pobreza, um endividamento público centrado em dólares e com cerca de US$ 50 bilhões negociados com o FMI, num quadro de controle que pressiona o país, que já tem um balanço de pagamentos deficitário. O agravamento da crise tem levado cada vez mais gente às ruas para protestar, agravando-se, a cada dia, a crise política, o que pode ter um efeito nas próximas eleições de enfraquecimento da centro-esquerda e da esquerda e aproximar o país da direita ou extrema-direita.

Essa crise argentina, ademais, produz efeitos que transcendem suas fronteiras, com reflexos tanto econômicos como geopolíticos. Para o Brasil, que tem na Argentina seu principal parceiro comercial na América Latina, a crise pode afetar setores importantes da economia. Para o processo de retomada da integração sul-americana, eventuais mudanças políticas na Argentina podem ter efeitos negativos.

Como explicar esse quadro de crise que se instalou naquele país? Que consequências políticas, econômicas e sociais ela determina? Como reduzir a dependência em relação ao dólar e ao FMI) Como pode, essa crise, afetar o Brasil? Que desdobramentos pode ter para o processo de integração sul-americano?


Para abordar esse tema, contaremos com as contribuições de:


Atahualpa Fidel Pérez Blanchet Coelho, Secretário da Comissão de Trabalho e Políticas de Emprego do Parlamento do MERCOSUL em Montevidéu e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP e do IPPDH MERCOSUL.
Eduardo Figueiredo Bastian, professor adjunto do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ).



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